LIBERTAÇÃO CARMICA – PARTE DOIS
_ Betezek! Eu vou desencarnar!
Naquele instante eu fui transportado para um mundo onde estava acontecendo um evento com milhares de espíritos. Era algo diferente, pois estava acontecendo entrega de medalhas aos que se destacaram em suas missões. Eu cheguei com passe livre, pois neste mundo se não tiver convite não entra.
Era como se fosse um estádio de futebol, porém com outro aspecto de paisagismo. Dentro tinha elevações e declives construídos com grama bem verdinha como se fosse arquibancadas, mas sem banco. Sentavam na grama suave.
Dali os anúncios em enormes autofalantes chamavam os espíritos que tinham feito algo de bom. Algo que os enobreceu diante da verdade.
Sentei na elevação e comecei a ouvir as vozes que confirmavam quem era quem. Agora a multidão se distinguia não pela aparência e sim pela caridade. Espíritos de diversas origens de diversos lugares esperando para ver se eram chamados.
Eu não fui chamado. Meu convite foi para registrar este evento. Para dar transparência ao mundo que se liga pelo neural. Os neurônios se comunicam uns com os outros em pontos de contato chamados sinapses. Em uma sinapse, um neurônio envia uma mensagem para um neurônio alvo – uma outra célula. A maioria das sinapses são químicas; nestas sinapses a comunicação é feita usando mensageiros químicos. Esta comunicação que falo acima se difere da espiritual. Há uma rede de mensagens que a terra recebe vinda do espaço, mas que por falta de receptividade passa despercebida. Seria até loucura abrir sua defesa para receber estes padrões vibracionais. É como uma bomba neurológica explodindo no mental. Milhares de vozes entrando pelo canal sensitivo fazendo um inferno zodiacal no eu interior.
Esta barreira criada é como defesa humana para controlar os efeitos da mediunidade. Mediunidade é como uma chave que abre muitas portas. Ser ou ter mediunidade é ter cuidado com suas próprias reações.
Eu ainda estava com aquela voz marcada na mente. Após ter acompanhado este evento eu tinha que voltar para a terra. O peso da atmosfera anunciava a chegada.
_ Eu não sei se você vai desencarnar! Até porque tua consciência sabe sobre os motivos de estar sendo desimpregnado desta sociedade! Não adianta correr ou se esconder porque a tua chama irá revelar o teu paradeiro!
O Adjunto ficou entre a cruz e a espada, argumentos e descrédito, pois não acredita em si mesmo. Precisa sempre romper o silêncio com suas manifestações de vaidade. “Eu sou”.
Na verdade nós somos aquilo que queremos ser e não percebemos que os outros pensam de nós. Então diante da figura da morte todos são santo. Ninguém errou, ninguém destruiu, ninguém fez o contrário.
Eu espero que sejamos mais do que aparência física em um mundo contaminado pelos desejos.
Aqui na terra a nossa vida se contrapõe ao sistema espiritual. Vivemos em dois mundos ao tempo de assimilar os destinos da terra e do céu.
Vejam sempre Deus em vocês mesmos. Sejam mansos e pacíficos. Levem a mensagem do amor. Se impregnem do amor incondicional, mas nunca traiam seus amigos.
Salve Deus!
Adjunto Apurê
An/Un
06.03 2024