MISSÃO DE NINFA
MISSÃO DE NINFA
Fomos atender um casal com um menino de uns sete anos. Era uma antiga casa caiada de azul desbotado. Era muito antiga que aquela tinta já despregava da madeira. Olhando bem parecia com a casa de tia Neiva, a casa grande, mas só moravam os três. Na frente uma enorme árvore de amoras vermelhas. Era uma missão de amor e respeito. Minha ninfa se recolheu com a moça e eu fiquei com o rapaz e a criança tirando cachos daquela amoreira. Eu pulava para alcançar os galhos mais altos e o menino corria em volta fazendo festa. Esta missão foi de minha esposa para com a mulher. Parecia um reencontro. Eu não participei, eu somente a levei junto no meu magnético. Jaguares. Nem todos tem essa facilidade de se transportar pelo etérico plano e ainda levar alguém junto. É muito pesado para um espírito carregar a si mesmo imaginem transportar em sua mediunidade outros espíritos. Mas aqui é minha companheira de missão e eu faço de tudo por ela e ela me ajuda muito na terra e no templo.
Enquanto ela aconselhava a moça nós nos divertiamos saboreando amoras.
_ Menino! Pega estas amoras e leva até tua mãe e para minha ninfa!
Ele pegou alguns cachos da fruta e levou. O rapaz estava feliz e sorria muito. Era a expressão da verdade.
Eu não quis investigar o porque de estarmos ali. Minha missão é ouvir as pessoas e os espíritos. Como ele não disse nada eu manipulava a energia do jaguar em seu espírito. Nós não precisamos saber quem é quem ou saber nomes dos consulentes. Precisamos ajudar sem participar e quanto você pergunta nome você está participando indiretamente daquela história.
Assim foi esta missão e por Deus eu não perguntei nada para minha esposa sobre qual assunto trataram. Era missão dela e não minha. Na terra somos unidos pelo amor e no céu pelo espiritual. Caminhamos juntos e resolvemos muitos problemas pela individualidade.
Vejam que lá também os espíritos são divididos por suas estruturas, masculinos e femininos. Até aquela criança é masculina. Foi o que Deus criou, porém os encarnados estão mudando a realidade impulsionados pela radiação da interferência anímica. Muitos espíritos se desviaram da tradição de pai e mãe carregando um fardo pesado de consequências perigosas. Vieram para se humilhar e serem discriminados por suas necessidades fisiológicas.
A contemplação de uma vida diferente da realidade que se vinga no olhar dos que julgam criam a dor existencial da separação. Os sexus, espíritos terríveis, atuam no padrão mental destruindo a verdade. Eles dominam pela inconsciência os seus seguidores que desprezam seus corpos como instrumento da reencarnação. Não estou discriminando ninguém, estou reportando fatos da vida espiritual.
Foi, então, que se uniram os sexus com os sodomitas e subiram para a crosta com missão única de alterar o estado psíquico. Como não podem alterar o biológico atuam na interferência mental. É como uma obsessão espiritual. Antigamente estes espíritos incorporavam em pessoas e davam um trabalho para serem exorcizados. Agora estão mais inteligentes e atuam sem precisar tomar um corpo.
Uma vez eu fui em missão a um bordel no baixo plano. Fui conhecer o paradeiro de uma mulher e o que vi. Era como nos filmes de faroeste. Um mundo perdido no tempo ausente. Não havia alma alguma. Não naquele horário já que nosso tempo terrestre é diferente.
Assim eu não entrei nesta antiga casa de madeira caiada de azul. Caiada que digo seria pintada de cal “branco”, mas ali algo foi misturado no cal.
Eles eram jovens. Eu não cheguei a ver a moça pois ela estava dentro da casa.
Terminou a missão. Zélia se juntou a mim e descemos para a terra. A força magnética nestes transportes é como uma cápsula, um campo de força, que abre o espaço sem criar distorção extrafisica. É muito rápido. Seria como a réstia do sol no espelho.
Chegamos na terra e onde estamos hospedados em São Paulo.
Ela não me falou nada. Segredo de missionária é como trabalhar no templo sem entrar no mérito das vidas. E, eu, entendendo as razões dela não perguntei nada pois ela fez a sua parte. Não fiquei sabendo nem o nome dos personagens.
Salve Deus!
Adjunto Apurê
An/Un
29.05.2024