REUNIÃO
Voltei agora pelas quatro horas da manhã trazendo muitas recordações deste mundo livre das amarras da terra.
Ao me levantar para reunir os três reinos eu fui matar a sede e olhando da minha janela para o templo muitos espíritos estavam na área templária e na rua que da acesso ao Vale.
Uns até sentados na área da casa.
Esta reunião marcou um fator importante que era a manutenção da família Betezek. Os de sangue e os que vieram somar neste grande cenário de ajustes. Espíritos que se agregaram aos laços de afinidade. Tem as origens e tem os que vão somar na criação de um caminho distinto.
Eu fui convidado a me vestir daquela roupagem que meus avós e tataravós se conduziram na chegada da Europa para o Brasil. Um terno surrado que demonstrava como fazer parte de um cenário das tradições.
Ao me vestir eu fui surpreender minha família que não esperava esta apresentação. Neste mundo as coisas são marcadas a ferro em brasa. Tudo para não perder o caminho da verdade.
Jaguares. A real situação deste movimento que eu criei entre o céu e a terra foi para continuar este trabalho de despertar a força e a coragem deste povo marcado por muitas lutas e incompreensões. Ao Neiva abrir as portas dos destinos ela despertou em cada coração a magia original. Se tornou anfitriã dos espíritos.
Olhando ainda pela minha janela eu vejo quantas andanças os espíritos fazem para chegar na luz. Muitas vezes eu tenho que sair fora da redoma para respirar um pouco bem longe deste círculo esotérico. Os espíritos não se contentam com pouca coisa. Eles são marcados para errar. Esta marca é profética e cobradora da verdade que a milênios marca cada caminho.
Um espírito marcado não foge de sua faixa carmica sem que ele cumpra fielmente seu destino. Eu vejo nos mediuns a grande luta para transformar seu estágio em realidade. Se não houver amor de verdade vão sempre estar no caminho das ilusões.
Eu não posso limpar esta marca porque está longe dos princípios destes espíritos. Somente a terra irá limpar este fardo preso aos temporais restando ao charme as memórias das vidas.
Ao chegar na sala todos se espantaram com minha apresentação. De chapéu marrom em couro cru representando os velhos e tradicionais espíritos eu marquei presença. Não vou dar nomes, mas espero que eles recordem deste dia.
Olhando pelas arestas do mundo em conjunção chegamos no ponto das chamadas dos espíritos. Cada chamada tem um nome registrado na terra dentro das personalidades, porém somente um que pesa na balança da eternidade que se chama individualidade. Ali é o princípio de tudo que originou estas reencarnações.
Olhei para meu sofá da área e um doutrinador deste amanhecer estava sentado vestido de jaguar, magnetizado, olhando para a casa de Seta Branca. Se transportou do seu mundo para este mundo. Muitas vezes eu olho fisicamente para meus irmãos tentando ver as lembranças de suas viagens, mas nada se revela. Ainda não é hora.
Nesta vida já tivemos muitas experiências que marcaram as independências geradoras das pressões do espírito sobre o corpo físico. Se o espírito tiver maior capacidade de manipular as energias o físico não vai aguentar. Por isso as iniciações dos plexos. Tudo para equilibrar as funções vitais de cada médium.
Geralmente as iniciações são feitas no mundo espiritual para depois descer para a terra.
A sabedoria do mestre está no desenvolvimento do seu sol interior. Quanto mais absorver as energias mais consciência ele terá nas escolhas. Para viver neste amanhecer é preciso ter respeito pelo seu próprio mundo e respeitar o seu corpo físico que guarda seu espírito. Vocês, vejam bem, estando encarnados vocês estão escondidos de muitas cobranças. Ao entrar na janela temporal serão expostos como vitrine para os reencontros.
Essa é a dúvida de muitos desta terra, será que eu vou me decepcionar ou vou me reencontrar.
Os espíritos buscam a verdade que escondida começa a florir no destino.
Salve Deus!
Adjunto Apurê
An/Un
20.06.2024