1996

1996 – O REGRESSO
Por Deus, somente isso já me deixa consciente das provações que eu passei. 1996 foi o ano mais difícil, mais triste, onde tudo me foi arrancado pelo meu consentimento.
Eu tive que voltar no tempo, porque ainda havia restado algumas pendências que ficaram abertas como feridas.
O cavaleiro Verde me prendeu em sua rede magnética para não ser alvo das distorções do tempo. Eu tive que dar este passo para libertar outras formas de prisão, a minha prisão sentimental.
Ao voltar neste ano de cobrança por onde eu fui jogado na jaula dos leões, sentido profético, para sofrer esta dura pena de consciência. Ali me foi tirado tudo que eu tinha conquistado. Emprego: foi feito um leilão para saber se eu iria sobreviver sem ele. Minhas filhas eram adolescentes e mereciam as conquistas de um mundo melhor.
16 anos, sim, a cobrança durou 16 anos para eu conseguir mudar esta faixa obsessiva. Eu lutei muito para não perder a fé, mas a espiritualidade nunca me desamparou.
Eu estou contando este fato para marcar esta passagem ao mundo passado. Muitos estão passando pela peneira e não sabem separar o joio do trigo. A calma é algo que se constrói de dentro para fora.
Ao chegar neste mundo paralelo eu fui recebido pelos meus amigos que fizeram esta tramoia. Eles desencarnaram e estão presos precisando se libertarem.
Vejam como as coisas se inverteram, eu paguei com muita dor o que eu fiz como Coronel em minha fazenda no nordeste do Brasil. Pai João era o preto velho que sempre me aconselhava.
Mas o motivo desta história já foi contada anteriormente. Agora eu tenho que perdoar quem me atocaiou. O quase degolado que morreu depois em um acidente de carro. Este teve duas chances de refazer seu erro, mas a soberba não o deixou decidir pela honestidade.
Eu não vou alongar muito para não cansar. Eu estava muito deprimido com esta situação, porque estava revivendo este espetáculo dantesco de dor.
Meu cavaleiro vendo o meu sofrimento me fez encostar a minha perna direita na rede magnética onde deu dois estalos como uma descarga elétrica. Eu senti no físico e este choque que me repuchou o corpo me trazendo de volta. Foi algo muito distante desta concentração que vivemos.
Vendo este processo que trás consequências das vidas passadas para o presente nós muitas vezes não sabemos o motivo de estar passando pela peneira da consciência. Caímos no mundo da ignorância e culpamos tudo e todos pelo nosso fracasso. Nossos olhos só veem dificuldades e descrença em nós mesmos.
Acreditar que somos parte de um conjunto de acertos e desacertos é um começo, porém acertar os erros não cometendo outros é reconhecer seu caminho.
Eu tive uma libertação de 60 espíritos naquele ano, porém ficaram presos os meus algozes. Aqueles que foram usados para me atingir. Eles foram as peças do tabuleiro que me deram o check-mate. Eu saí ileso, mas eles não porque não tinham a proteção espiritual. Eu tive dúvidas nesta libertação como sendo agora cobrador deles ou libertador. As coisas mudaram de jeito e meu cavaleiro me deixou esta decisão para não interferir no livre arbítrio. Caso eu não os perdoasse eu não teria direito a seguir minha estrada como missionário. Tudo porque neste amanhecer ou se condena ou se liberta.
Eu prefiro libertar para que eu seja livre para caminhar sem mágoas e sem rancor. Enquanto um único espírito não for libertado nós também não seremos.
Eu fui resgato desta viagem pela força do amor do meu cavaleiro. Ele é um espírito de respeito e coragem.
Eu levei duas descargas elétricas na perna para mudar meu padrão vibratório e ser resgatado.
Pensem sempre em vocês no amor que nasceu dentro da verdade que hoje conhecemos.
Salve Deus!
Adjunto Apurê
An/Un
13.07.2024

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