A QUEM QUEREMOS ENGANAR

A QUEM QUEREMOS ENGANAR
Para que toda esta preparação? Pra jogar na lata de lixo!
Os espíritos começam a pagar pelos erros da matéria. São cobrança dentro da individualidade e não na personalidade.
Eu fui viajar, deixar os incômodos desta faixa karmica para poder ajustar meu espírito nesta partida iniciática da nova era do homem que não é bom nem mau. Está preso no meio termo em seu campo de imaturidade emocional.
Cheguei num lugar onde vivia um homem negro. Ele era um espírito solitário, mas tinha bondade em seus olhos. Era como se fosse pai João de Enoque um pouco mais velho. Ao chegar eu fui bem recebido e tão logo me senti em casa. Eu não fui realizar nada, fui receber.
Estávamos na África, país origem desta nação de jaguares. Ao sentar no toco eu ouvia os animais como se estivessem ali no cercado, no congá. Era um terreiro circular tão varrido que parecia um espelho. De repente um leopardo cruzou pelo espaço e depois mais outro veio cheirar. Eu, espiritualmente, levei um susto, mesmo sabendo que estava em outro plano. Os animais sentem o cheiro espiritual. Ele veio lamber onde eu estava sentado. Depois saíram correndo um atrás do outro.
É uma dupla vida que vivemos em função do equilíbrio psico espiritual.
Eu via o nego velho sorrindo e muito feliz com minha presença em sua aldeia. Este congá é muito respeitado pelos mundos que desabrocham na conquista de objetivos.
Eu recebi uma aula espiritual. A bondade não se mistura com a maldade. Muitas vezes pai João reage na individualidade com a força da razão para que o consulente reaja se libertando de uma cobrança atualizada ou reajustada com os valores passados.
Naquele círculo de pedras que delimitavam a realidade de mundos esquecidos eu regredi no meu passado. Fui buscar o amor que por muitas gerações esqueci. O amor dos anciãos que fazem parte da minha história.
Era pai João na essência espiritual. Ele me levou até este mundo para ter certeza que tudo isso tem um dedo de Deus. Espiritualmente eu me deixei levar pela minha necessidade e curiosidade. Ele abriu minha visão e um casal de espíritos vieram na contagem desta viagem. Eles sofreram as dores da revolta quando foram lançados de um penhasco para a morte. Era uma libertação especial. Eu assisti este quadro que o nego velho abriu na minha mente pela visão. Pai João pode abrir as mediunidades condicionando a vida no paralelo das consciências. Quem tem visão, audição, tem responsabilidades com o sacerdócio que foi deixado como instrumento de preparação para novos desafios. Conhecer o passado, o presente e o futuro.
Ao me deixar ser manipulado por sua sabedoria de humildade eu fui tocado pelo espírito. Afinidade, respeito e decisão.
Atrás de uma porta pode ser que encontre sua vida atrelada a sua evolução.
Este nego velho libertou esse casal. Foi uma dupla vida que vivi neste caminho. Eu não posso descrever tudo que foi tratado e traçado neste encontro fora da matéria. Os anos são testemunhas da vida de um encarnado. Lá não tem relógio, pois o tempo se conta diferente da terra. Viver ou morrer.
Eu vivo a minha parca evolução como se estivesse em um grande centro estudantil contrariando os valores terrenos.
No final desta aula o nego velho colocou sua mão direita na minha tempora e como um raio de energia me transportou de volta.
_ Vai com Deus meu filho!
Não deu tempo de agradecer e já estava aqui no meu mundo.
Salve Deus!
Adjunto Apurê
An/Un
01.08.2024

Seja bem-vindo ao vale dos deuses!