FIOS DE OURO
Fios de ouro envolveram este trabalho de libertação. Se formou uma rede magnética como barreira intransponível do mal.
O templo foi tão iluminado que as luzes caminhavam pelo solo sagrado indo de um canto a outro. Batiam e voltavam triangulando entre os mediuns a divina presença.
Esta madrugada eu fui até um assentamento espiritual, um povo rebelde, mal trapilhos. Estão esperando uma oportunidade de aparecer. Um grande acampamento como se fossem nomades.
Eu entrei nesta área perigosa para conhecer o sistema que os trouxeram nesta camada etérica. Havia uma missão de resgate de uma pessoa que estava na hora de ser retirada desta concentração. Ela foi expulsa e não estava mais ali. Ninguém queria falar dela ou sobre ela, muitas feridas abertas ficaram marcadas. Somente um dedo estirado em riste ao norte. Olhei na direção e segui pelo caminho. Havia uma parada com pequeno comércio empoeirado. Não que tenha poeira, mas fazendo referência ao plano deste padrão.
Ao entrevistar o responsável ele não lembrava de tal pessoa. Logo um homem em trânsito ouviu e me levou até onde ela estava. Neste outro campo vibracional era como uma colônia espiritual com plantações de diversas fontes de energia. Ao chegar eu entrei sem ser incomodado e achei a mulher agachada com suas mãos cultivando o solo. Ao cumprimentar ela olhou pra mim e sorriu.
_ Você veio me buscar!
_ Sim! Tua hora chegou!
Num passe de mágica a rede magnética nos envolveu e fomos levitando saindo deste campo vibracional. A terra sumiu e logo eu estava sozinho. Ela desceu para sua missão. É como neste amanhecer que atendemos aos consulentes sem conhecê-los. São atendidos e partem felizes. Missão é missão tanto na terra como no céu.
Seta Branca nos consagrou para a grande transformação do nosso eu. Graças a Deus que fomos convidados a fazer parte deste sacerdócio.
Somos especiais. Pena que poucos entenderam o que tia Neiva esclareceu. Mas acho que quando compreenderem a verdade seremos uma única tribo. Não agora, talvez em mil anos. Os jaguares não se entendem por ainda serem absolutistas. Trazem as marcas do destino de várias encarnações. Ainda não se libertaram deste processo penoso do orgulho, do eu fui.
Se somos missionários nós juramos uma condição especial.
Assim eu compreendi que não existe tréguas para este povo de Seta Branca. Noite e dia sem férias para estar consagrado.
Eu fui apartado para me compreender como um mosteiro distante do pensamento. As pessoas tem compromissos na terra e esquecem do céu. E quando alguém tem uma missão no céu é taxado de louco como tia Neiva foi taxada. É algo que destrói o coração, mas eu ouço o que os espíritos falam.
Um grande mosteiro construído nesta terra.
Sabedoria, humildade e amor.
Voltei.
Minha escola é o mundo espiritual invisível a esta terra. Quem sou eu!
Salve Deus!
Adjunto Apurê
An/Un
04.05.2023